POR UM MUNDO MAIS JUSTO, POR PEDRO MACIEL

Por Pedro Benedito Maciel Neto (*)

Dois bilhões de habitantes do mundo vivem na miséria, segundo estima a Organização das Nações Unidas (ONU).

O relatório sobre a população mundial o Fundo de Populações da ONU mostra que um dos sinais da grande distância que separa os maios ricos dos mais pobres é que a renda per capita em 17 países superava 20 mil dólares por ano, mas que 21 países sobreviviam com uma renda per capita de menos de 1.000 dólares por ano.

Por que não podemos ter um mundo mais justo e o problema da pobreza no mundo não é propriamente econômico, afinal se produz hoje 10,5 mil dólares per capita por ano em riquezas? Há riquezas na sociedade para uma vida digna e confortável para todos. Então por que há miséria?

Bem, a questão da desigualdade na distribuição da riqueza está no cerne dos conflitos políticos, opondo duas posições; de um lado os (a) liberais de direita, que creem que apenas as forças do mercado, a iniciativa individual e o aumento de produtividade é que poderão, no longo prazo, a melhora da renda e das condições de vida dos menos favorecidos e, de outro a (c) posição tradicional da esquerda que afirma que somente as lutas sociais e políticas são capazes de atenuar a miséria dos menos favorecidos produzida pelo sistema capitalista.

Curioso que ambos, direita e esquerda, prometem que se atingirá justiça social se o seu caminho for seguido.

Não há espaço aqui para esse debate, mas é possível lembrar que a ONU afirma que países ricos poderiam acabar com a miséria no mundo se arcassem com a ajuda prometida, pois comprometeram-se a investir 0,7% do seu PIB anualmente em ajuda ao desenvolvimento, com isso mais de 500 milhões de pessoas poderiam deixar a linha da miséria e dezenas de milhares escapariam da morte.

De acordo com o relatório, 11 milhões de crianças morrem a cada ano de doenças que poderiam ter sido evitadas; mais de 1 bilhão de pessoas no mundo vive com menos de US$ 1 por dia; 840 milhões convivem com fome crônica; e outro bilhão não tem acesso à água potável.

A construção de um mundo mais justo é possível através de políticas públicas que sejam capazes de compreender a realidade e enfrentá-la com projetos estruturados na generosidade, pois a nossa humanidade está indissoluvelmente ligado à do outro, somos humanos porque vivemos em sociedade, porque se somos capazes de sentir compaixão, acolher, compreender, sermos generosos e dispostos a compartilhar somos capazes de produzir justiça.

(*) Pedro Benedito Maciel Neto, advogado e Secretário Municipal de Comunicação Social de Sumaré.

26/03/2018

Por um mundo mais justo, por Pedro Maciel

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