CAMPINAS É DESTAQUE ENTRE EMPREENDEDORAS

Estudo da Endeavor sobre as 32 maiores cidades brasileiras, em 22 estados, aponta o município paulista como o sétimo melhor para investimentos; em São Paulo, a cidade fica em segundo lugar

O Instituto Empreender Endeavor acaba de publicar o estudo anual sobre as melhores cidades para se empreender no Brasil, relativo ao ano de 2017. Pelo ranking da entidade, Campinas permanece como a segunda melhor cidade no Estado de São Paulo, atrás somente da Capital.

Porém, comparando com o estudo de 2016, a cidade caiu quatro postos no Brasil, passando de 3º para o sétimo lugar. O estudo da Endeavor avaliou as 32 maiores cidades brasileiras de 22 Estados. Ao todo, foram analisados 55 indicadores em sete segmentos: ambiente regulatório, mercado, inovação, acesso a capital, infraestrutura, capital humano e cultura empreendedora. A 1ª do Brasil é a capital paulista, seguida por Florianópolis (SC).

Campinas atingiu Índice total de 6,725. No quesito tempo de processo para se abrir um negócio, a cidade atingiu 4,30. Quando os dados são desmembrados, o levantamento apurou que um empresário necessita de 111 dias para abrir uma empresa, 458 dias para regularização de um imóveis e 71,1 é a taxa de congestionamento em tributos estaduais. Neste quesito, a cidade ocupa a 31ª posição

No quesito Custos de impostos, o município de Campinas ocupa a 4ª colocação. A alíquota interna média do ICMS é de 12,92%, a alíquota média do IPTU de 1,24%, a alíquota média do ISS de 4,30% e o número médio de incentivos fiscais estaduais soma 3,78.
Tributos

Com relação à chamada “complexidade tributária”, a cidade de Campinas está na 12ª colocação no ranking. Neste campo, o estudo avaliou: obrigações acessórias estaduais (índice de 5,67), obrigações acessórias municipais (1,65), número de atualizações tributárias estaduais (221) e número de atualizações tributárias municipais (33), com CNDs municipais chegando a 8,8.
Novos mercados

De acordo com os dados mostrados no estudo da entidade, conectividade é quase uma “palavra mágica”, que abre portas de novos mercados e alcança consumidores em todas as partes do mundo.

No caso dos ecommerces ou das empresas que prestam serviços, ela é quase sempre associada à internet de boa qualidade. Afinal, uma boa conexão e uso da internet permitem melhorar a coordenação entre empresas, expandir a cobertura no mercado consumidor, além de aumentar a competitividade e o alcance a mercados estrangeiros. Mas a conectividade física é também decisiva para os setores que dependem de acesso rápido e fácil por rodovias, aeroportos e portos, recursos essenciais para receber insumos de outras regiões e escoar os produtos com agilidade e segurança.

Assim, a proximidade e qualidade de acesso a rodovias, portos, aeroportos também são fatores decisivos no momento de abrir um negócio ou de expandir a operação para outros estados/cidades. Esta conectividade inclui transporte interurbano e condições urbanas que estão inseridos em infraestrutura. Nesse sentido Campinas tem o índice de 6,94, ocupando a 4ª posição entre as 32 cidades. São Paulo ocupa a 1ª posição, seguida de Sorocaba e Rio de Janeiro.

Apesar de não abranger investimentos e aplicações financeiras diretas, a infraestrutura congrega um conjunto de recursos que, quando oferecidos em boa qualidade pelo governo, impactam positivamente na propensão e na capacidade dos empreendedores de instalarem novas empresas. Pois, como toda decisão econômica, as iniciativas empresariais dependem muito das características do contexto local, já que são elas que determinam as chances de sucesso do empreendimento.

Milton Paes • Campinas

Fonte: DCI -SP
13/09/2018

 

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