CUSTOS DE CONSTRUÇÃO E AO PRODUTOR ELEVARAM PREÇOS EM 1,07% EM MARÇO

O índice geral, no entanto, demonstrou uma desaceleração em relação a fevereiro (1,25%); No ano, o IGP-DI acumula um avanço de 2,41% e, em 12 meses, o aumento é de 8,27% no indicador.

Uma aceleração em bens intermediários nos preços ao Produtor Amplo (IPA) e na Construção (INCC) trouxe um avanço de 1,07% no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de março. A tendência é de diluição desses custos neste mês de abril.

O índice, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta desaceleração em relação à alta do mês anterior (1,25%). No ano, o IGP-DI acumula avanço 2,41% e alta de 8,27% em 12 meses.

O IPA ficou em 1,35% em março contra 1,79% em fevereiro, enquanto o INCC subiu 0,31% contra 0,09% e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 0,35% a 0,65% na mesma base de comparação.

Segundo o coordenador do IPC do Ibre, André Braz, o movimento de alta visto ao longo do primeiro trimestre deste ano foi bastante sazonal – por eventos climáticos e pontuais – por aumento nos preços de commodities.

“Houve uma falta de oferta natural do verão em alguns alimentos, como na categoria in natura [que acumula alta de 37% de janeiro a março] e nos processados, que fizeram o IPA decolar. O mesmo aconteceu em bens intermediários, que sofreram muita influência dos combustíveis”, explica Braz.

Os combustíveis no IPC, por exemplo, ficaram entre as maiores influências positivas. O etanol avançou 5,77% em março contra um recuo de 1,61% em fevereiro, enquanto a gasolina registrou alta de 3,05% ante queda de 1,71% na mesma base de comparação.

“Esse impacto de alimentação e combustíveis, porém, é temporário”, avalia o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira. “A estimativa de menos eventos climáticos será positiva para os preços dos alimentos. E mesmo que seja difícil medir os impactos da volatilidade do preço do petróleo e do câmbio no País, a expectativa também é de que os preços diluam neste mês”.

Para Braz, “a gordura” nos preços a ser queimada no segundo trimestre também vem em linha com as projeções de inflação. “Estamos com uma projeção de 4,1% [na inflação] frente a meta de 4,25%. É positivo, mas ainda temos uma economia andando de lado e um PIB [Produto Interno Bruto] que não deve surpreender tão positivamente assim. É um reflexo da apatia da nossa atividade econômica”, completa.

Fonte: DCI – SP

Data: 23/04/2019

 

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