QUASE 50 MIL PEQUENAS E MICROEMPRESAS CORREM RISCO DE FECHAR NA REGIÃO

Quase 50 mil empresas em cinco cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) sofrem com alto grau de endividamento e correm risco de fecharem as portas, apontam dados divulgados nesta quarta, 14, pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Das 94.220 empresas de pequeno porte, micro ou microempreendedores individuais registrados em Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, 42.251 correm risco de encerrarem as atividades por não conseguirem se livrar das dívidas.

VETO DE TEMER

Para o economista da Acic, Laerte Martins, a solução para as endividadas seria terem acesso a parcelamentos da dívida, o que está em risco por medida do governo de Michel Temer, que vetou o parcelamento de dívidas, chamado Refis, para as pequenas e microempresas. A restrição de Temer que coloca em risco a sobrevivência das endividadas ainda será analisada nos próximos dias no Congresso Nacional, que poderá derrubar o veto presidencial ou mantê-lo.

“Para quem paga impostos em dia, o Refis pode soar injusto, porque é uma renegociação de dívidas. Mas não renegociar é prejudicial à economia como um todo. Se o setor rural e as grandes empresas tiveram a chance de renegociar suas dívidas, é justo que os pequenos também possam”, avalia a vice-presidente da Acic, Adriana Flosi, que também é membro da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.

Para inverter esse quadro de risco, a Federação iniciou uma pressão para convencer os deputados federais paulistas a votarem pela derrubada do veto de Temer. Em todo o Estado aproximadamente 560 mil micros e pequenas empresas aguardam a vigência do Refis para poderem equacionar seus débitos fiscais.

Entre as cinco cidades focadas na pesquisa, todas têm um índice parecido de empresas sob risco: Americana, com 44,79% delas; Hortolândia, 45,17%; Nova Odessa, com 44,88%; Santa Bárbara d’Oeste, 44,16%, e Sumaré com 45,04%.

Algumas características chamam a atenção. Em Santa Bárbara, por exemplo, o número de microempresas endividadas, 8.038, é maior aos microempreendedores individuais (MEI), 7.114. Por outro lado, das 94.220 empresas registradas, 11.772 ou 12,49%, são de pequeno porte.

Fonte: Todo Dia – SP
ELIAS AREDES CAMPINAS | 14/03/2018
15/03/2018

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